quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Tyson (James Toback, Estados Unidos, 2008)


Ao contrário do que faz Kusturica no filme sobre Maradona, aqui Toback dá total espaço para a fabulação de Tyson. A vida do boxeador é contada toda a partir de seu prisma, num formato de “cabeça falante” que aqui funciona surpreendentemente bem, uma vez que a história que Mike Tyson constrói em torno de si é fantástica. No seu modo de contá-la, a história é descaradamente parcial, não há outros lados, e Tyson se pinta grande parte do tempo como vítima de si próprio, de sua juventude e despreparo para lidar com a fama. Sua voz quase fanha e sua língua presa contrastam com a dureza de seu rosto tatuado e nos trazem para mais perto da pessoa do boxeador, gerando certa empatia. Complementam o filme algumas inserções de material de arquivo de TV, que funcionam muito bem, principalmente os abundantes registros das lutas.

Um comentário:

  1. De fato o filme é foda. Assisti no início do ano e é difícil acreditar na existência do sujeito não fosse pelo fato de ele estar ali na sua frente. Tem un momentos muito fortes do filme que impressionam muito. O Tyson falando sem menor roblema que roubava, falando sobre o treinador original dele.... Filme foda.

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