quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Mary Stuart, Rainha da Escócia (Mary of Scotland, John Ford, Estados Unidos, 1936)


Fruto de um breve período aparentemente menos inspirado de Ford (pelo menos é o que Tag Gallagher afirma em seu livro), este filme não tem a força da maioria de seus outros trabalhos, mas mesmo assim não deixa de ser um grande filme. Pouco se vê de sua assinatura aqui, talvez por conta dos conflitos que dizem ter existido entre Ford e Katharine Hepburn. Me parece que este filme acaba por ser mais um star vehicle da atriz que um filme autoral de Ford (mesmo que os filmes de bons autores hollywoodianos do período e de Ford em particular costume ser uma mistura das duas coisas). Chama atenção a atmosfera opressora do castelo em que vive a protagonista, reminiscência das fortes influências do expressionismo alemão na obra do diretor, principalmente nos filmes realizados entre 1928 e 1935 (“Four Sons”, “Hangman’s House”, “Arrowsmith”, “The Informer”). Destaca-se ainda, como sempre, a presença magnética de John Carradine em papel menor, como o braço direito da rainha.

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