terça-feira, 14 de junho de 2011

Marcha de Heróis (The Horse Soldiers, John Ford, Estados Unidos, 1959)

Minha primeira impressão é a de que este é um filme menor de Ford, o que não quer dizer que não seja um belo filme (afinal, Ford é sempre Ford), dotado de momentos marcantes: a sequência em que o personagem de William Holden assiste o parto do enésimo filho de uma negra, motivo de embate entre o médico e o personagem racista de John Wayne; a batalha entre um exército de crianças sulistas e a tropa da União comandada por Wayne; a sequência em que Wayne se despede da personagem de Constance Towers, deixando para trás a mulher que ama, para cumprir seu dever militar (Wayne explode a ponte que atravessa, rompendo definitivamente a ligação com a mulher). O filme parece a princípio estar dessa vez do lado nortista na Guerra da Secessão (Ford normalmente se simpatiza com os sulistas em seus filmes, vide “Judge Priest”, “The Sun Shines Bright”), mas a guerra é problematizada, criticando-se os dois lados e exaltando-se a entrega ao dever de ambos exércitos.

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