segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A Máscara do Anonimato (Masked and Anonymous, Larry Charles, Estados Unidos / Inglaterra, 2003)


Estreia cinematográfica de Larry Charles, que vinha de bela carreira na televisão, participando da equipe criativa das séries "Seinfeld" e "Curb Your Enthusiasm", e que realizaria posteriormente dois filmes engraçadíssimos com Sacha Baron Cohen (Borat, de 2006, e Brüno, de 2009). Este filme, porém, deixa um pouco a desejar, apesar das promessas do currículo do diretor, de um puta elenco (Bob Dylan, Jeff Bridges, Penélope Cruz, John Goodman, Luke Wilson, Cheech Marin, Giovanni Ribisi) e de um roteiro de Charles e de Dylan (sob pseudônimos). O enredo tem como pano de fundo um país em guerra civil. Goodman interpreta um empresário que organiza um show com propósitos falsamente beneficentes, supostamente para angariar fundos para a paz nacional, mas a intenção, na verdade, é desviar o dinheiro para o próprio bolso. Como não consegue grandes nomes como Paul McCartney ou Sting, o empresário contrata Jack Fate, músico que estava no ostracismo, interpretado por Dylan (apesar de ser um músico fictício, as músicas executadas no filme são do próprio Dylan). O filme peca pelo interesse desmesurado no exotismo da cenografia e da interpretação exagerada de grande parte dos atores, nos personagens caricatos, quase um freak show. Em meio a tanta afetação, a interpretação low-profile de Dylan é quase um alívio.

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