terça-feira, 1 de março de 2011

O Brinquedo (The Toy, Richard Donner, Estados Unidos, 1982)

Sessãozona da tarde este filme, com o que isso pode ter de bom e de ruim. As piadas referentes à escravidão são bem infelizes, particularmente quando o filho do magnata escolhe na loja de brinquedos de seu pai o personagem de Richard Pryor como seu presente e vemos ao fundo do plano uma bandeira dos Estados Conferados escravocratas da época da Guerra de Secessão. As piadas de conteúdo sexual que envolvem o menino também soam um pouco bizarras, ainda mais se soubermos que o ator mirim Scott Schwartz virou ator pornô depois de adulto. Incomoda também a trilha sonora emocional histérica e onipresente, que é acionada toda vez que o filme quer nos enfiar goela abaixo lições de moral com valores nobres como a importância da família e coisas do tipo. Fora os muitos defeitos, porém, o filme tem bons momentos cômicos, principalmente na interação entre Jackie Gleason e o genial Pryor (afinal, sua presença costuma compensar filmes medianos). Ned Beatty também tem seus momentos quando contracena com Pryor. O trabalho do diretor Richard Donner, no entanto, acaba sendo meio decepcionante, uma vez que ele dirigiu belos filmes (alguns que não vejo há muito tempo, mas que deixaram boas lembranças em minha cinefilia infantil) como “Superman” (1978), “Goonies” (1985), “Os Fantasmas Contra-Atacam” (“Scrooged”, 1988) e o mais recente “16 Blocks” (2006).

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