segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Guerra ao Terror (The Hurt Locker, Kathryn Bigelow, Estados Unidos, 2008)

O fuzuê em torno de “Guerra ao Terror” (título infeliz e apelativo que não tem absolutamente qualquer relação com o filme) foi bom para despertar o meu interesse pelo trabalho até então desconhecido por mim de Kathryn Bigelow, que se revelou uma belíssima cineasta. Bigelow tem enorme talento para a encenação de sequências de ação, que dão toda a força ao filme, principalmente em suas principais sequências, as de desarmamento de bombas. Tido equivocadamente como apolítico, o filme se centra na história de um sargento viciado em desarmar bombas, que se interessa mais pela guerra que pela mulher e filho que ficaram pra trás, prescindindo diversas vezes de medidas de segurança e pondo em risco seus colegas do esquadrão anti-bombas, pelo simples prazer do risco (como diz a epígrafe do filme, em tradução livre: “A adrenalina da batalha é muitas vezes um vício potente e letal, pois a guerra é uma droga”).

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